Continuando sua exposição Galileu comenta sobre as Leis e as Forças que regem o Universo e para demonstrar que a Ciência, de nossos dias, conhece muito pouco a respeito destas (leis e forças), faz uma comparação entre os homens e os mais ínfimos vermes submarinos, que vivem permanentemente nas profundezas dos oceanos, sem jamais subirem a superfície.

Se estes vermes – que desconhecem completamente a existência de outras formas de vida, além das que com eles convivem – chegassem a superfície e tivessem contato com outros seres, se surpreenderiam e se pudessem atingir planos mais elevados mais extasiados ficariam com novas experiências e novas realidades.

O mesmo ocorre com os homens que apenas conhecem seu pequeno mundo tendo dificuldades para imaginar vidas diferentes das que conhecem. Será que o existir resume-se em nascer, viver, morrer. Há vida após a morte? A morte será um sono eterno? Tudo se acaba? Em toda a imensidão do Universo somente na Terra há vida?

Dúvidas que a humanidade tem desde sempre e que as religiões tentam explicar.

Galileu, Espírito desencarnado, ao comunicar-se, ratifica a existência da continuidade da vida além-túmulo, conforme demonstra o Espiritismo, esclarecendo o quão pouco a Ciência terrestre conhece sobre as leis que regem o Universo infinito e que tudo tem origem numa matéria elementar ou hausto divino, na definição do Espírito André Luiz.

Reafirma que “Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos; esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geratriz do mundo e dos seres. As forças que presidiram às metamorfoses da matéria são inerentes ao éter, trata-se de leis imutáveis e necessárias que regem o mundo. Estas formas múltiplas, indefinidamente variadas, segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação segundo as circunstâncias e os ambientes são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa; os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Em outros mundos tais efeitos se apresentam sob outros aspectos, oferecem características desse mundo e na imensa extensão dos céus, forças em número indefinido são desenvolvidas numa escala inimaginável, da qual somos tampouco capazes de avaliar a grandeza, como o crustáceo, no fundo do Oceano tampouco o é de abarcar a universalidade dos fenômenos terrestres”.(1)

Mesmo dominando ínfima parcela de conhecimento das leis e forças universais o homem já consegue verdadeiras proezas nas diversas áreas da Ciência: projeto genoma, com decifração de todas as informações contidas no DNA (códigos genéticos de hereditariedade) que, certamente, levará ao combate de doenças através de medicamentos específicos; avanço extraordinário dos mecanismos de informação (informática) possibilitando a robotização das atividades repetitivas e arriscadas, melhorando os processos produtivos em todos os setores (telefonia, engenharia, medicina, aeronáutica, química, física, etc.), liberando o homem para novos aprendizados e novas descobertas.

Conforme preconizou Allan Kardec o progresso intelecto-científico antecipa-se ao desenvolvimento moral. Ficamos maravilhados com o atual desenvolvimento do conhecimento humano nos campos científicos e tecnológicos e entristecidos com nosso atraso moral.

Imaginemos o que o futuro tem a nos oferecer quando intelectualizados e moralizados viveremos, em plenitude, todo potencial de Espíritos imortais, filhos do Pai de Amor e Bondade, Inteligência Suprema e Causa Primeira de todas as coisas.