O Espírito Protetor que assina esta mensagem, inicia , citando as pessoas que dizem não poder fazer a caridade por serem pobres, por não possuírem condições para dar do que têm.

Todavia, essas mesmas pessoas não são indulgentes para com seus semelhantes, não lhes desculpam nenhuma falta, colocando-se como juizes severos.

E ele pergunta: “A indulgência não é também caridade? Vós, que não podeis fazer mais do que a caridade- indulgência fazei pelo menos essa, mas fazei-a com grandeza.”

Mais uma vez, a afirmação de que a caridade está em todas as virtudes, se destacando em todos os atos nobres no relacionamento com os outros.

Em relação à caridade material, ele narra uma “história do outro mundo”: Dois homens acabavam de morrer. Deus havia determinado que todas as suas ações boas, praticadas durante essa vida, fossem sendo colocadas em um saco. Após a morte, um estava bastante volumoso, o outro muito pequeno.

Cada um reconheceu o seu. Um fora rico e dera bastante de sua riqueza; o outro fora pobre, pouco teve para distribuir.

Pesaram-se os dois sacos. O maior pouco pesou, tão leve se tornou na balança divina. O menor se fez muito pesado.

Ao rico, surpreso, Deus lhe disse: - Deste muito, mas por ostentação, para ser louvado, sem privar-se de nada. Coloque-se à minha esquerda.

Ao pobre, que deveria estar também surpreso, Deus lhe disse: “Deste bem pouco, meu amigo, mas cada uma das moedas que está na balança, representou uma privação para ti. Se não distribuíste a esmola, fizeste, naturalmente, a caridade, e o melhor é que a fizeste, naturalmente, sem te preocupares de que a levassem à tua conta. Foste indulgente; não julgaste o teu semelhante; pelo contrário, encontraste desculpa para todas as suas ações. Passa à direita, e vai receber a tua recompensa.”

Esta parábola evidencia com clareza que nas leis divinas, os valores, os méritos e deméritos são muito diferentes dos da Terra e isso não deveria surpreender os que reconhecem que vivemos em um mundo inferior, de provas e de expiações, desenvolvendo a qualificações nobres do espírito, e que evolução significa transformações, mudanças.

Isso deve ser levado em conta, sempre que estivermos analisando ações nossas e dos outros.

Elevarmo-nos, em pensamento, a planos espirituais mais elevados, nos faz compreender, de forma mais clara e objetiva, as situações da vida e os procedimentos dos homens.

Vermo-nos, sempre, a todos, como Espíritos em desenvolvimento, com uma meta determinada por Deus, muito nos facilitaria sermos caridosos, no sentido amplo do termo, fazendo caridade material com amor pelos outros e caridade espiritual, da mesma forma, com amor pelos outros, mas também com e por amor a nós mesmos.

 O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste centro.