A segunda mensagem sobre o duelo, assinada por Santo Agostinho, cujos dados biográficos estão no estudo nº 12 publicado em Maio/2002, diz que, em certos casos, o duelo pode ser uma prova de coragem física, de desinteresse pela vida, “mas, é, incontestavelmente, uma prova de covardia moral, como o suicida. Este não tem coragem de enfrentar as vicissitudes da vida”, enquanto “o duelista não a tem para suportar as ofensas.”

Citam os ensinos de Jesus, mandando oferecer a face esquerda a quem lhe fere a direita, e as palavras dirigidas a Pedro: “Embainha de novo a tua espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada”, (Mateus, 26:52), concluindo que, com essas palavras estaria Jesus condenando para sempre o duelo, seja de que forma se apresente. 

Exclama que coragem é essa, que brota de um temperamento violento, que explode a qualquer ofensa, quando a verdadeira coragem está em não se deixar envolver por essa emoção negativa, mantendo-se equilibrado e firme no propósito de não revidar.

Lembra que o vingador que mata ouvirá, em um futuro, próximo ou remoto, de sua consciência, a frase “Caim, Caim, que fizeste de teu irmão?”

Concita ao homem a lembrar-se sempre das palavras de Jesus, no ato da crucificação: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas, 23:34)

Assim como Jesus, que viveu segundo os preceitos morais que viera trazer à humanidade, aquele que aspira ser seu discípulo, aceitando-o como Guia e Modelo, ao tentar não revidar as ofensas, na compreensão de que todos erram e precisam de misericórdia, estará desenvolvendo em si, o amor ao próximo.

Enquanto a morte de um ou muitos for a solução escolhida pelos que se sentem agravados nos seus brios e orgulhos, a Terra continuará sendo um mundo de provas e expiações, com dores e sofrimentos.

 A certeza da continuidade da vida além da morte do corpo físico, como o espiritismo esclarece, com a consciência da individualidade espiritual, aceita por maior número de pessoas, por certo, muito contribuirá para abolir a falsa solução de que a morte do ofensor elimina as causas da ofensa.

Em um futuro, quando a Terra for um mundo de regeneração, no qual os homens se prepararão para viver em mundos espirituais, essas rivalidades tolas, por motivos, muitas vezes frívolos e frágeis, que levam os homens ao duelo, desaparecerão, porque, então, estarão todos empenhados no propósito do bem de todos e para todos.

 O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORIAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste centro.