52 – Conclusão

O antropólogo Arnold J. Toynbee, no século passado, apresentou conclusões sobre estudos realizados e nos quais demonstra que povos e civilizações cumprem um ciclo começando por seu surgimento, crescimento, apogeu, declínio e praticamente, desaparecimento.

             

Segundo ele ainda, é possível limitar-se esses períodos a aproximadamente dois mil anos.

             

No decorrer dessa nossa questão, as migrações e guerras se responsabilizaram ao longo dos séculos pela expansão populacional e surgimento de novas raças, através das fusões étnicas e o estabelecimento de fronteiras como resultado do domínio de grupos humanos sobre outros e, posteriormente, lutas desses subjugados por sua independência.

             

Apesar das descobertas arqueológicas, pesquisar a história das raças e do planeta, configura-se como verdadeiro quebra-cabeça a exigir paciência, estudo, pesquisa, conhecimento.

             

Nos últimos três a quatro séculos, no mundo inteiro, intensificaram-se as manifestações dos Espíritos desencarnados, intensificando o programa da “invasão organizada” dos habitantes do mundo espiritual sobre os do plano físico.

             

A meta era despertar as massas que se inclinavam para o ateísmo e materialismo.

             

Dentre os vários acontecimentos desse gênero eclodidos nas mais diversas regiões da Terra, há um fato que merece destaque mesmo porque se encaixa no tema.

             

Tal acontecimento passa-se em Londres, Inglaterra no ano de 1927. Frederic H.Wood, possuindo alguns conhecimentos sobre a realidade após a morte, insiste com sua amiga, Ivy Beamont, a buscar informações mediúnicas sobre a situação de um irmão morto em acidente de trânsito.

             

Ivy, que sentia tremores em um dos braços, submete-se a exercícios, experiências que resultaram, um ano depois, numa série de manifestações de uma mulher, que a princípio, se identificava como Lady Nona. Posteriormente, se dá a conhecer como rainha Telika, uma das esposas do Faraó Amenófis III, da 18ª dinastia egípcia, vivendo por volta de 1559 AC.

             

A médium Ivy, que se ocultaria sob o pseudônimo de Rosemary, teria também vivido nessa época, servindo a rainha e se chamando Vola.

             

Ao longo de, praticamente dez anos, Frederic e Ivy pesquisaram essa era recuada no tempo, trabalho que resultou na organização de três obras.

             

No Brasil, esses documentos, foram resumidos e enfeixados em livro, pela primeira vez, em 1946, na autoria ou trabalho de Waldomiro Francisco Lorenz, que ofereceu o original com o nome de “A Voz do Antigo Egito” a Ismael Gomes Braga, nesse tempo, presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB).

             

Posteriormente em 1994, Hermínio C. de Miranda, faz uma releitura dessa obra e lança “Arquivos Psíquicos do Egito”.

             

Nas duas obras citadas, há detalhes, informes, relatando a presença deste povo no Planeta, do seu surgimento, crescimento, ápice e desaparecimento, cumprindo ou correspondendo às etapas detectadas por Toynbee.

             

Observa-se ainda, vários pontos de contato com outras nações da Terra, no que diz respeito à divisão social, Administração Pública, Política, Organização Econômica (agricultura, indústria, comércio, navegação) Ciências (anatomia, fisiologia, psicologia, cosmogenia) Artes (escultura, pintura, música) Filosofia, Língua, Escrita, Literatura etc.

             

Analisando-se a Humanidade e seu quadro atual, percebe-se inversão de valores, corrupção, opressão, exploração, lutas e perseguições, preconceitos e demais situações que assinalam um limite crítico.

             

Parece repetir-se o que se passou em outras civilizações, com a diferença de que a densidade demográfica atingiu dimensões, provavelmente, nunca alcançadas.

             

Estatísticas revelam que um terço da população da Terra sofre a influência do Cristianismo; outro terço, do Islamismo, e o restante se divide entre outras preferências, significando que o conceito espiritual faz parte das idéias da maioria dos povos.

             

Por que fala-se em amor e semeia-se ódio? Os religiosos, em geral, postam-se como radicais extremados? As minorias são submetidas às maiorias que ferem e matam? O que fazer? 

             

Certamente, intensificar a mensagem renovadora contida na Doutrina Espírita, para que estudemos e que vivamos conforme nos sugere Jesus, e onde o exemplo vai destacar a forma de vida, leal, honesta, fraterna, que há de servir para despertar no outro serenidade, esperança, paz para que realmente se concretizem as reformas estruturais que todos aguardamos para o nosso planeta Terra.

– Edgard Armond A voz do Antigo Egito – Waldomiro F. Lorenz Arquivos Psíquicos do Egito 

– Hermínio C. de Miranda Anuário Espírita – 2000 Revista Informação – comunicação – 1ª e 2ª parte