44 - De onde vieram os seres vivos para a Terra?

 - “A Terra continha os germes, que esperaram o momento favorável para desenvolver-se. Os princípios orgânicos reuniram-se desde o instante em que cessou a força de dispersão e formaram os germes de todos os seres vivos. Os germes permaneceram em estados latente e inerte, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício à eclosão de cada espécie; então, os seres de cada espécie se reuniram e multiplicaram”.

O conhecimento, através da Ciência, vai acontecendo de forma gradativa e o trabalho dos sábios, dos homens do passado, mesmo prescrevendo idéias não mais aceitas hoje, é digno do respeito das gerações. Vivíamos naquelas épocas os defeitos, as concepções próprias de um tempo.

            

 No decorrer deste estudo vimos a nebulosa terrestre destacar-se do núcleo central do sistema; reger-se por um conjunto de leis matemáticas dentro das quais iriam se manifestar todos os fenômenos inteligentes e harmônicos da vida.

             

Passamos também, por imaginá-la como um laboratório incandescente, as descargas elétricas, a criação da Lua a funcionar como âncora no equilíbrio terrestre no movimento de translação que o globo efetuaria em torno da sede do sistema. Ainda sua luz polarizada, seu magnetismo atuaria decisivamente na criação e reprodução das espécies em todos os reino da Natureza.

No decorrer das eras, surge a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio.

Há energias elétricas e vapores por toda vastidão atmosférica. O frio atua sobre essas energias incandescentes, lenta, muito lentamente, acontece a solidificação com fina crosta solidificada.

 Há como que um descanso: formam-se os oceanos primitivos com água quente que sofre imensa pressão. A atmosfera é carregada de vapores e grandes tempestades agitam o Planeta. Com o passar de milênios, esse caos fica dominado e como por encanto, aparecem paisagens, fixando a luz solar e abre-se o planeta para a evolução e a vida.

             

Jesus, o Divino Escultor, havia vencido, com suas legiões de trabalhadores divinos, todos os pavores das energias desencadeadas.

             

“(...) Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de trabalhadores devotados, estatuiu o regulamento dos fenômenos físicos da Terra, organizando-lhe o equilíbrio futuro na base dos corpos simples da matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrestres puderam identificar por toda parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando sob as vistas de Deus, o indispensável aos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenômenos elétricos da existência planetária e edificou as usinas de ozônio a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtrassem os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à organização da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da Humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.” ¹

 A Ciência do mundo não viu nada disso na intimidade das energias que vitalizam o globo. Substituíram todo esse trabalho de amor com a palavra “natureza”.

“(...) E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se então, descer sobre a Terra, das amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas, que envolveu o imenso laboratório planetário em repouso”.

Daí a algum tempo, na crosta solidificada do planeta, como no fundo dos oceanos, podia-se observar a existência de um elemento viscoso que cobria toda a Terra.

Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada. Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma, e com ele, lançara Jesus, à superfície do mundo, o germe sagrado dos primeiros homens.¹