OBSESSÃO SIMPLES.FASCINAÇÃO. SUBJUGAÇÃO.

- CAUSAS DA OBSESSÃO.

- MEIO DE COMBATÊ-LA.

              Nas questões 240 e 241 de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec explica que a subjugação é um envolvimento que produz a paralização da vontade da vítima, fazendo-a agir contra a própria vontade.

              A subjugação caracteriza-se pelo fato de os obsessores exercerem domínio praticamente total do organismo e do campo mental do obsedado que não consegue se opor a uma vontade mais forte que a sua. 

              Apesar de progressivamente o obsessor assumir o controle das atividades motoras da vítima, esta percebe o bloqueio de sua vontade e não consegue reagir, o que caracteriza a subjugação corpórea; quando o subjugado é levado a tomar decisões absurdas e comprometedoras, que, por uma ilusão considera sensatas, caracteriza uma espécie de fascinação, trata-se da subjugação moral, afirma Allan Kardec.

              Pode-se considerar que a situação de maior gravidade para o subjugado é aquela que decorre do bloqueio da vontade da vítima, caracterizando os transtornos mentais de maior gravidade.

              O Codificador cita o exemplo do homem que “não sendo nem jovem nem belo, dominado por uma obsessão desta natureza, foi constrangido por uma força irresistível a cair de joelhos diante de uma jovem que não lhe interessava e pedi-la em casamento.” Para muitos este homem era louco, mas não o era, pois tinha plena consciência do que fazia contra a própria vontade.

              O Prof. Herculano Pires, cita em nota na tradução de O Livro dos Médiuns aqui estudado, que “Manias, trejeitos e esgares, tiques nervosos e estados permanentes de irritações nervosas provêm em geral de subjugações corpóreas. Contam-se por milhares os casos de cura obtida em sessões espíritas”.

              Antigamente a subjugação era conhecida como possessão. O Espiritismo não adota este termo por dois motivos: primeiro, por implicar a crença na existência de seres definitivamente criados para o mal, quando todos somos, temporariamente, imperfeitos e destinados ao bem; segundo, por implicar também a ideia de que é possível a um Espírito tomar o corpo de alguém, no sentido de incorporação, o que não ocorre, pois trata-se de fenômeno de afinidade e sintonia mental. Para os espíritas não existem possessos, no sentido vulgar do termo, mas apenas obsedados, subjugados e fascinados.

              O tratamento da subjugação é muito delicado e complexo, dependendo da renovação espiritual do paciente que deve buscar em Jesus o Modelo e Guia de sua transformação, e assim então, a subjugação desaparecerá da Terra quando o Amor for vivenciado em plenitude.

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME, 1997 – Cap. IX. 

 FRANCO, Divaldo P., pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda - Mediunidade: Desafios e Bênçãos – Salvador: LEAL, 2012