226 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO = ALLAN KARDEC

CAPÍTULO XXVIII: COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS

 I - PRECES GERAIS:   ORAÇÃO DOMINICAL

ITEM 2: Prefácio

Os Espíritos recomendaram a Allan Kardec iniciar este capítulo com a prece do Pai Nosso, como dizemos hoje, por ser ela vinda de Jesus, por ser um exemplo de prece simples, direta, que resume tudo que poderíamos dizer para louvar, para pedir e para agradecer a Deus.

“É o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade, na sua simplicidade. Com efeito, sob a forma mais reduzida, ela consegue resumir todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo.”

Por isso, é necessário que ela seja bem estudada, bem entendida, penetrando no sentido profundo das suas ideias, escondidas na simplicidade das frases.

Já disseram que a sabedoria é simples, clara e objetiva. A única prece ensinada por Jesus demonstra essa verdade, o que faz com que a maioria das pessoas que a proferem, não reflitam no significado das ideias que repete, dia após dia, várias vezes em um dia, numa confiança ingênua de que seu valor está nas palavras.

Não, essa prece, como qualquer outra decorada ou espontânea, só chega ao Pai, quando ela reflete a fé, a confiança nas suas ideias, pois, cada vez que a proferimos, estamos reafirmando o compromisso do esforço de vivenciar, no dia a dia, os sublimes ideais que ela resume nas suas frases singelas.

Por isso, Allan Kardec, aconselhado e inspirado pelos bons Espíritos, fez um comentário esclarecedor do sentido e das aplicações de cada ideia, expressa em cada frase.

3. I: PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME

Em primeiro lugar, esta frase ressalta a ideia de Deus-Pai, expressa por Jesus, Pai perfeito em inteligência e amor, que se manifestam em todo o universo, em toda a Sua obra, desde o matinho mais simples até os astros que se movem no espaço infinito.

Se ainda não temos capacidade intelectual, pela nossa imperfeição, para compreender a Sua natureza, podemos vê-Lo e senti-Lo em toda parte, inclusive em nós mesmos, em nosso corpo fisco, em nossa inteligência, sentimentos e emoções.

E no pronome nosso junto à palavra Pai, está a ideia da igualdade de todos os Espíritos, evoluindo desde os reinos inferiores até os anjos, que são os Espíritos puros, que assim se tornaram, depois de um longo tempo de processo evolutivo.

Deus é o Criador e o Pai de todos, o que se conclui, sem sombra de dúvida, que somos, todos nós, irmãos, que devemos nos amar, conviver em harmonia, apesar das diferenças de graus evolutivos, das características individuais de cada um.

Deveríamos todos, toda vez que dissermos Pai Nosso, alongar os braços espirituais e abraçar com amor a todos os nossos irmãos da humanidade terrestre, a começar pelos nossos familiares, vizinhos, colegas, habitantes da nossa cidade e irmos estendendo esses braços até abarcar toda a Terra, nos seus dois planos: material e espiritual.

Essa ação espiritual inclui também abraçar nossos desafetos encarnados e desencarnados, e até os nossos obsessores, que nos forçando a viver o mais disciplinadamente possível, no combate aos nossos hábitos negativos e viciosos, auxiliam-nos no aperfeiçoamento espiritual.

Quem não admite a ideia de Deus, Criador e Pai, não goza dos benefícios sublimes da prece, porque não tem a quem orar.

Leda de Almeida Rezende Ebner – Março/2020

O CENTRO ESPÍRITA BATUIRA esclarece que permanece divulgando os estudos elaborados pela Sra Leda de Almeida Rezende Ebner, após o seu desencarne, com a devida AUTORIZAÇÃO da família e por ter recebido a DOAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS, conforme registros em livros de Atas das reuniões de diretoria deste Centro.