ESTUDO EVANGÉLICO
PALAVRAS DE VIDA ETERNA – ESTUDO 166
Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

NO ATO DE ORAR

“Qual dentre vós é o homem que se o filho lhe pede um pão lhe dará uma pedra?.” Jesus - (MATEUS, 7:9)

As palavras de Emmanuel nos remetem à reflexão sobre nossa infantilidade espiritual porque entendemos, equivocadamente, as palavras proferidas por Jesus segundo Mateus, e achamos que podemos pedir tudo ao Pai e tudo nos será concedido; se assim fosse não precisaríamos fazer nada, bastava pedir.

Analisando os acontecimentos da vida, verificamos que nem tudo nos poderá ser dado ou permitido da forma que desejamos, porque nem tudo seria útil para a nossa evolução espiritual, mas sempre há uma resposta às nossas solicitações.

Quando pensamos que tudo possa ser pedido nos esquecemos de que a existência de cada um é complexo planejamento reencarnatório, elaborado após minuciosa análise de nossa caminhada através dos milênios; essa caminhada produziu necessidades especiais que somente poderão ser concedidas em doses homeopáticas e conforme o cumprimento de uma meta necessária e precedente.

O planejamento de cada existência leva em consideração os planejamentos dos demais Espíritos que conosco convivem e cada um deles tem suas particularidades específicas e diferentes das dos demais caminhantes; assim a organização desse complexo não pode permitir que ocorrências não previstas possam quebrar a harmonia do conjunto.

Evidentemente que o planejamento reencarnatório é um plano a ser cumprido, não um determinismo inflexível, estando submetido ao livre-arbítrio de cada um e cada um pode sair da existência sem tê-lo cumprido adequadamente; entretanto como tudo está, também, submetido à lei de causa e efeito, tais ações, certamente, levarão quem não as cumpriu, a esperar uma nova oportunidade, cujo prazo é imprevisível, até que ocorra o reencontro com os demais Espíritos, com os quais tem compromissos de ajustamento.

Esse novo reencontro poderá ocorrer em circunstâncias em que o cumprimento de cada tarefa seja em condições muito mais difíceis de que a oportunidade atual.

Isso, também, não significa que devemos ficar passivos deixando as coisas simplesmente acontecerem, porque muitas delas são valiosas oportunidades de crescimento da inteligência, de desenvolvimento de métodos e processos para a melhoria da vida na Terra.

Então ao pensarmos em pedir devemos refletir se tudo aquilo que desejamos é realmente necessário para o nosso crescimento moral e espiritual ou, até, se merecemos.

Devemos mais agradecer do que pedir, mas, certamente, o necessário nos será concedido sempre, da melhor forma para a nossa evolução e, provavelmente, contrariando aquilo que desejamos.

Certamente ao pedirmos pão não receberemos pedra, mas há pão de várias composições, formatos e sabores.

XAVIER, Francisco C., pelo Espírito Emmanuel. Palavras de Vida Eterna.14. ed., Uberaba-MG: CEC, 1990, lição 166

Adelino A. Chaves Jr.

Fevereiro/2017