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Efemérides Espíritas
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Carnaval
Data: 09/02/2018

     Nosso estudo não tem como objetivo indicar que se faça ou deixe de fazer isso ou aquilo. Visa rever um pouco dos costumes que culminaram no aparecimento do carnaval, sem nenhuma restrição à alegria, à interação das pessoas entre si.

     Há quem pense ser festa de origem brasileira, no entanto essas celebrações se iniciaram quatro mil anos a.C. com festas promovidas no antigo Egito, como agradecimento pela safra farta, boas colheitas propiciadas pelo recuo das águas do Nilo.

     Constavam de danças, cantorias em torno da fogueira. Usavam-se máscaras simbolizando a inexistência das classes sociais. Era a Festa da Alegria. Duravam cinco dias e se homenageava Isis e Osíris, deuses apaixonados ligados à tragédia e à fertilidade da Natureza.  Para homenageá-los a contento, as pessoas deveriam ser provocantes, sedutoras. Músicas, danças, brincadeiras para que as sementes crescessem e os frutos fossem bons. Osíris tinha o direito de viver todos os prazeres, e ao final do quinto dia, Isis o sacrificaria para que com a morte do amante, cessasse a turbulência e as sementes germinassem.  A lenda mostra um ciclo de euforia - breve, intenso – fase da fecundidade da mulher e da terra, e outro da gestação, germinação – duas partes que se completam obedecendo ao calendário das estações do ano.

     Na Grécia, praticamente a mesma conotação, na qual Dionísio, o “deus bastardo”, era celebrado principalmente através dos eflúvios do vinho. As principais figuras eram as “bacantes”, que simbolizando as colhedoras de uva, escapavam das vistas de seus maridos, irmãos para caírem na folia. Os homens não demoravam a aderir ao frenesi dionisíaco e a festança se encerrava com bebedeira coletiva em meio ao vale tudo do sexo.

     Em Roma, Júpiter recebia as homenagens como o deus da orgia. Com o mesmo sentido, saturno, no culto à fertilidade. Havia também as Lupercais, honras ao deus Luperco, mais conhecido como Pã ou Fauno que, tocando sua flauta, enlouquecia as ninfas. Era uma divindade pastoril, protetora da fertilidade, pedindo festas de total licenciosidade, bebidas e comidas a serem consumidas na proporção em que cada qual pudesse consumir.

No mesmo sentido, as Bacanais e as Saturnais. Durando sete dias, vivia-se a igualdade entre os seres: escravos se faziam senhores e estes, escravos. Característica: permissividade, libertinagem, embriaguez, devassidão.

     Na Roma antiga, o mais belo soldado era escolhido para representar a alegria e a folia – era o deus Momo – coroado como rei, e nesses dias era tratado como a mais alta autoridade, anfitrião da orgia, mas, ao se encerrarem as festas, era sacrificado no altar de Saturno. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso, por representar melhor o símbolo da fartura, do excesso, da extravagância.

 O uso das máscaras e fantasias é reminiscência ao culto aos mortos, uma vez que nas festas de Baco e Saturno eram invocadas as larvas, isto é, os maus Espíritos para que viessem participar e incentivar os desvarios. Ao final, o deus era enterrado para que revivesse ao despontar da nova primavera, costume que perdura com a tradicional ”terça-feira gorda” que corresponderia ao enterro de Baco.

     Na Idade Média passou a chamar-se “Festa dos Loucos”, uma vez que os foliões perdiam totalmente a identidade cristã e retomavam os costumes pagãos. As fantasias e máscaras também preservavam o anonimato, “permitindo“ tudo sem constrangimentos sociais ou religiosos.

      A característica geral, uma vez que há registros delas em todos os povos, é de um tempo de excessos, deboches, crimes, lascívia, promiscuidade, de “vale tudo” transcorrendo, segundo o historiador Tito Lívio, nos bosques ou à margem de rios.

     Com o domínio do Catolicismo, a partir do século IV d.C. foram instituídos castigos pesados visando atenuar ou abolir certas tradições pagãs.

     A grande maioria dos não convertidos dificultou de todas as formas as orientações impostas. A crença dominante se viu forçada a fazer concessões, acomodar-se a certos hábitos pagãos de forma a evitar perda maior de adeptos. Nesse contexto, o Carnaval passa a ser permitido desde que os foliões se comprometessem após as festas a fazer um período de penitências, jejuns, abstinências, principalmente de carne e de bebidas. O acordo foi claro: tudo seria tolerado como na Antiguidade, desde que depois se fizessem as penitências.

     Desse modo, ficou assim:

                    - Natal – nascimento de Jesus.

                    - Carnaval – ausência de Jesus.

                    - Quaresma – penitência para que Jesus possa voltar.                  

                    - Páscoa – renascimento de Jesus.  

     A grande diferença do Carnaval na sua origem com o dos tempos atuais é que naquele passado se constituía como ritos de adoração, súplica e agradecimento aos deuses da fertilidade, colheita, da natureza enfim, finalidade inexistente hoje.

Curiosidades:

          - Quaresma – é alusão aos quarenta dias que Jesus teria passado no deserto.  Inclui, a partir do século II, práticas penitenciais e a partir do século IV inclui o jejum e a abstinência.

          - Quanto à origem da palavra não há unanimidade: carne vale = adeus à carne; carne levamen = supressão da carne; car – na - val = carne nada vale.

          - Cinzas – para recordar o que fica da corrupção e das pessoas ao se decompor o corpo, visando despertar para a conversão os que se esbaldaram.  “Lembra-te que és pó e ao pó voltarás”... Cinza é símbolo da morte.

      Com a chegada da Idade Moderna, a “Festa dos Loucos” se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil no início do século XVII trazido pelos portugueses na época da colonização e com o nome de entrudo. Caracterizava-se por desordens, orgias, falta de respeito total, brincadeiras grosseiras, espécie de guerra entre os foliões que se atiravam mutuamente o conteúdo de baldes que continham dejetos humanos. As danças e cantorias ficavam por conta dos escravos que circulavam nas ruas, tocando a marimba, chocalho, tambores. Era momento de acertos de contas, vinganças, crimes em que protegidos pelas máscaras não se conhecia os autores.

     Os abusos chegam a tal ponto que ainda no Brasil Colônia o entrudo é proibido.

     Os baldes de dejetos foram substituídos por baldes de lima de cheiro. Em 1875 aparecem bisnagas de água aromatizada; 1877, no Recife surge o confete; 1892, a serpentina; 1895, a língua de sogra; 1906, o lança-perfume metálico proibido em 1962.

     Com inúmeros outros detalhes, o entrudo foi sendo substituído pelo Carnaval aos moldes de Veneza, adaptado aos costumes brasileiros em que os bailes de máscaras vão se constituir como grande novidade: o Carnaval saia das ruas e ia para os salões.  O entrudo aos poucos foi desaparecendo e o último de que se tem notícia aconteceu no Recife em1979.

     A grande diferença do Carnaval na sua origem com o atual, é que naquele passado constituía-se como rituais de adoração, súplica, agradecimento, finalidade hoje inexistente.

     O Carnaval hoje virou marca da cultura brasileira, atraindo turistas, altamente industrializado pelas Escolas de Samba, com espetáculos apoteóticos, engenhosos, organizados. A pureza original das velhas marchinhas, entretanto, ainda é preservada pelos blocos que alegram as ruas. 

Reflexões Espíritas sobre o Tema: Nas Fronteiras da Loucura, Divaldo P. Franco, pelo Espírito Manoel P. de Miranda.

Leda Marques Bighetti – Fevereiro/2018

 

 
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